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Eternal Battle 1 - Portuguese

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akimenerus's avatar
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Eternal Battle

A cidade estava completamente deserta. Por trás das diversas degradações no solo e prédios recém destruídos uma luta era travada entre duas formas de vida aparentemente humanas. A que empunhava uma espada negra com detalhes prateados tinha o cabelo curto, ruivo e rebelde, vestia uma camisa vermelha coberta por um sobretudo preto riscado por listras brancas e calças de estilo idêntico. Esta sorria e brandia sua lâmina com grande graça e precisão, não ligando para os ferimentos em seu rosto. A outra era uma jovem menor que ele, manipulava uma arma num formato de rifle. Ela aparentava ser uma estudante de Ensino Médio de cabelos curtos e marrons e uma aura angelical ampliada por seus olhos dourados como os de um gato. Suas roupas – uma jaqueta branca vestida por sobre uma camiseta preta colada no corpo, uma saia da mesma cor que lhe caía até as coxas e um par de botas de cano longo manchadas de sangue. Seu rosto estava tingido do escarlate que vazava dos cortes feitos pelo adversário, porém ela não ligava para as feridas físicas ou mentais. Matar o inimigo era tudo que importava.

Ainda não era conhecido o estopim da luta, mas sabia-se que o objetivo era eliminar o inimigo a qualquer custo. Ambos recuaram bruscamente, sem fôlego e respingando suor e sangue. O homem sorria e aquilo incomodava a garota. Sua expressão era de quem já sabia como o confronto terminaria.

"Achei que não tivesse problemas pertinentes em cumprir minha missão, mas vejo que uma bela dama como você me mostrou o contrário", disse o homem, ainda em posição de guarda.
A expressão da moça não se modificou. Seus olhos brilhavam e mostravam o perigo que estava por vir.

"Execução!", ela berrou.

Uma luz começou a ser emanada do corpo da garota e o sangue que respingava a flutuar no ar. Seu ódio poderia ser notado a quilômetros de distância, contudo o estranho homem não aparentava receio. Era como se ele já esperasse por aquela ação.

"Mas já? Esperava que esta forma humana lhe agradasse demais para a querer destruir neste momento. Você é bastante imprudente com suas decisões, não é verdade Miesa?"

Todos temos um sentimento profundo de ódio em nossos corações. Esse sentimento muitas vezes nos distancia de seres-humanos comuns, nos locomove, manipula nossas ações e decisões. Tomar uma decisão errada poderá gerar grande frustração e nos motivar a alimentar a sede de vingança, fazendo com que nossos semelhantes sejam alvos de nossas atitudes impensadas.

Este fator por muitos anos foi motivo para várias guerras ocorrerem entre seres chamados "Marionetes de cera"  que buscavam sempre descontar a raiva interior no próximo. Alguns detestavam este tipo de reação e passaram a se distanciar um dos outros para evitar a catástrofe que suas lutas geravam a outros. Alguns se adaptaram à forma humana e obtiveram uma fisionomia idêntica a destes seres, coexistindo pacificamente entre eles até os tempos de hoje. Mas apenas a aparência mudara, pois a sua natureza agressiva com os de mesma raça permaneceu adormecida em seus corações.



Cena 1 – Pertinência.

A dedicação de Miesa sempre fora notória. Em suas atividades do dia a dia ela mostrava-se uma aluna de destaque no segundo ano do Ensino Médio. Adorava esportes, sendo o judô seu preferido. Ela não era do tipo muito paquerada na escola e sempre mantinha-se longe de qualquer relacionamento amoroso, pois acreditava que aquilo uma hora ou outra iria machucar seu coração e sabendo de sua real natureza, evitava ao máximo que isso acontecesse.

Sua melhor amiga era Lauren, uma jovem inteligente e responsável de 17 anos que cursava o último ano na mesma escola. Sua família era muito próxima da de Miesa, tratando-a como segunda filha que nunca poderiam ter. Natural do Japão, a garota adorava as festividades relacionadas a cultura oriental.  Assim como Lauren, Miesa também foi adotada quando pequena e criada sem saber de suas origens. Apegou-se à sombra de seus pais adotivos e possuía um grande carinho pelo falecido irmão adotivo que morrera durante a guerra que os forçara a deixar a Terra do Sol Nascente.

Era uma manhã como qualquer outra e Miesa e Lauren caminhavam juntas até a escola onde estudavam. Como de costume, abordavam em suas conversas vários assuntos, mas nunca tocavam no passado uma da outra. Miesa estava cansada, pois passara a noite toda jogando videogame, mesmo que  houvesse sido avisada que ocorreria naquele dia.

"Como assim a prova é amanhã?", berrou Miesa, agora preocupada.Lauren por sua vez não estava tão surpresa com aquilo.

"Eu tentei te ligar, mas o celular só chamava, chamava, chamava e não atendia!", disse ela, sem mudar o tom de voz.

"E agora? O que eu faço? Não deveria ter virado a noite jogando videogame! Agora vou tomar bomba pela primeira vez numa prova! Lauren! Me salva!", suplicou Miesa, agarrando-se ao corpo da amiga numa atitude desesperada.

"Escuta Miesa, eu não vou querer desperdiçar meu tempo se você não estiver interessada na prova! Sabe muito bem que se você não largar aquele jogo de mão não irá conseguir se concentrar no teste!", disse Lauren, inconformada.

"Mas não é culpa minha! O jogo me viciou tanto!", gaguejou Miesa quase caindo em prantos.
"Quem vai levar bomba é você mesma, então decida-se logo!", disse Lauren, quase explodindo de raiva.

"OK! Posso ir na sua casa estudar? Vou falar com meus pais para eles deixarem eu passar a noite com você, assim ficarei longe do videogame e poderei me concentrar na prova.", falou a caótica garota como se tudo houvesse se resolvido num passe de mágica.

"Tá certo criatura, agora por favor. Estaremos lá PARA ESTUDAR! E NÃO PARA PERDER TEMPO!", gritou a aluna mais velha, atraindo para si a atenção dos passantes. Envergonhada, ela corou e encolheu-se.

A noite pairava sobre a cidade enquanto Miesa preparava-se para ir à casa de sua amiga. Ela mantinha o celular preso entre o ombro e a cabeça de modo a poder conversar com Lauren enquanto arrumava sua bolsa.

"Então tá, Lauren, eu estarei aí em meia-hora.", disse a garota.
"Certo, e você está com o material necessário para o estudo?", questionou a aluna mais velha.

Miesa estava conferindo sua bolsa quando notou que seu fichário não estava lá.
"Droga! Não to achando meu fichário! Vou procurá-lo por aqui e nos encontramos daqui a pouco, beijos.", ela falou e em seguida cortou a ligação.

Miesa subiu até o quarto em busca de seu fichário. Olhou nas gavetas, no criado-mudo e embaixo da cama, entretanto não encontrou o que procurava. Lembrou-se de verificar o armário e  foi até onde ele estava. Ao abri-lo, ela notou que uma tábua estava frouxa, aparentemente por estar sendo comprimida por algo. Curiosa, a garota aproximou a mão para investigar o que estaria causando aquilo, todavia sua investigação foi interrompida pelo chamado do pai dizendo-a que era hora de ir. Desesperada, a estudante olhou para todos os lados quando encontrou o objeto de sua busca caído num canto. Pegou-o e então partiu.

Vinte minutos após a partida Miesa descia do carro em frente à casa de Lauren. Ela despediu-se do pai e manteve o olhar fixo no automóvel que se afastava. Após perdê-lo de vista, Miesa dirigiu-se à entrada da casa. Ela bateu na porta e não demorou para que a mãe de sua amiga a atendesse, dizendo-a para entrar pois a filha a esperava.
Ao adentrar no quarto da companheira, Miesa a encontrou sentada na cama com um livro em mãos. Lauren era uma leitora compulsiva, sendo capaz de decorar todo o conteúdo de um volume sem dificuldades. Apenas naquele ano já lera mais de 1000 livros e um sem número de biografias.

"Muito bem, não temos muito tempo. Eu espero não me desapontar com você Miesa", disse Lauren. Ela se acomodou em sua cama e ambas começaram o estudo. Miesa admirava a forma como a amiga portava-se diante do livro, encarando-o friamente como que retirando toda a informação do objeto físico e não das palavras nele registradas. Lauren notou que a amiga se assustara com sua leitura e fechou o livro, passou a mão na cabeça e respirou fundo.
"Está preocupada com algo Miesa?", perguntou ela.

"Agora que disse Lauren, nós nunca tocamos naquele assunto",  devolveu a outra.

"Eu não tenho ciência de meu passado, assim como você, também sou adotada. Mas nunca me interessei muito em saber dele." - Sem demonstrar alterações sentimentais, Lauren respondeu.

Miesa ficou aflita e, apesar da resposta fria de sua amiga, tentou consola-la.

"Estamos unidas por conta disto, mas eu gostaria de saber mais sobre minhas origens. Nunca tive  coragem de questionar papai e mamãe por conta disto, mas noto que eles estão tão preocupados em eu saber de minha origem quanto o meu futuro."

"Eles estão fazendo o certo Miesa, acredite." Aquela resposta incomodou Miesa, pois ela acreditou que a amiga apenas queria dar um basta na conversa.

"Mas como? Você acha certo esconderem a verdade de você?", disse ela, nervosa.

"Não. Mas há coisas que o coração com certeza não suportaria, ao menos acho ainda que seus pais  estão evitando que você preocupe-se à toa ou então traumatize-se com a suas origens.", disse a aluna mais velha com sua frieza típica.

"Você tem tanta certeza de que esta é a razão plausível para meus pais não me dizerem nada sobre meu passado?", questionou Miesa.

"Seu pai e sua mãe sempre saberão o que é melhor para você. Eu sinto isto neles."
Miesa começava a entender que a amiga não gostava de prolongar o assunto. Ainda preocupada com a opinião da amiga sobre o assunto, ela voltou aos seus estudos.

Algumas horas se passaram e Miesa notou que seus pais não haviam ligado. Ela começava a preocupar-se com tal anomalia e Lauren, notando sua inquietação, decidiu se envolver.

"Seus pais não te ligaram até agora?", ela perguntou.

"Não! E eu acabei esquecendo meu celular em casa.", falou Miesa, nervosa.

"Pode usar o meu celular que tá ali em cima da mesa." 

A garota anuiu e correu até o telefone. Discou trêmula o número e ansiosamente aguardou pela resposta do outro lado.

"Mãe! É a Miesa!", explodiu ela quando ouviu o som do telefone sendo levantado em sua casa.

A voz do outro lado da linha estava abafada e hesitante.

"Filha, não volte querida. Sua vida corre grande perigo."

O medo tomou conta de Miesa. Ela podia ouvir os passos de alguém se aproximando de sua mãe lentamente. Um grito de pavor ecoou pelo fone e então um baque plástico. Em seguida apenas o silêncio mórbido do desconhecimento. Por longos segundos Miesa permaneceu presa num estado de terror absoluto. Sua mente estava tomada por imagens sangrentas, ideias aterradoras do que pudera ter ocorrido à sua família. Subitamente ela se viu arrancada do mar negro do medo por uma voz macia, confiante, musical.

"Estarei te esperando minha cara. Mas não demore muito ou irei ir atrás de você", disse alguém que Miesa desconhecia.

[Procede...]
This is a story that began on Sunday using as creating characters, the original characters of my friends.

The first chapter brings the characters of the original characters miscreants following:

:icontia-key-san: :iconrekkiem: :icondarkluar:

Review by :icongetsumei-kishi:

Good reading n.n

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Essa é uma narração que comecei a criar no domingo usando como personagens, os Personagens Originais de amigos meus.

O primeiro capitulo traz como personagens os personagens originais dos seguintes meliantes:

:icontia-key-san: :iconrekkiem: :icondarkluar:

Revisão por :icongetsumei-kishi:

Boa leitura n.n
Comments8
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Gomesluis's avatar
Vamos lá, Wildes, reviva essa joça aí! u-u